Auxílio emergencial terá mais duas parcelas

Mais de 64 milhões de trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos, desempregados e pessoas de baixa renda que tiveram o auxílio emergencial de R$ 600 aprovado vão receber mais duas parcelas do benefício, no mesmo valor. O pagamento será feito em quatro etapas para garantir renda durante um cenário de "crise mais extensa" devido à pandemia do novo coronavírus. De acordo com o ministro da Economia, Paulo Guedes, a ideia do governo é que no início de agosto sejam pagos R$ 500; outros R$ 100 no final do mês; já em setembro, serão depositados mais R$ 300 no início do mês e outros R$ 300 no fim daquele mês.

O decreto com a extensão por mais dois meses do auxílio foi assinado ontem pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido). "Obviamente, isso tudo não é apenas para deixar a Economia funcionando, viva, mas dar o sustento para essas pessoas. Nós aqui que estamos presentes sabemos que R$ 600 é muito pouco, mas para quem não tem nada é muito", afirmou em discurso na solenidade no Palácio do Planalto, que contou com a presença dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, informou que o cronograma de pagamento das novas parcelas ainda será divulgado pelo governo. Ela ressaltou, no entanto, que o calendário está pronto, mas falta autorização do ministro Paulo Guedes para ser anunciado.

Segundo Guedes, a equipe econômica está desenhando "medidas de saída da crise". "Nos próximos dois a três meses lançaremos medidas de apoio ao emprego e investimentos", afirmou.

Trabalhadores da cultura também receberão benefício do governo

Os trabalhadores da área cultural e artistas informais receberão auxílio emergencial mensal de R$ 600. Com a sanção da lei serão repassados recursos de R$ 3 bilhões ao setor afetado pela pandemia de Covid-19. A chamada Lei Aldir Blanc tem o objetivo de ajudar profissionais e organizações culturais que perderam renda devido ao coronavírus. A lei saiu no Diário Oficial da União de ontem.

Trabalhadores do setor cultural e microempresas e empresas de pequeno porte também terão acesso a linhas de crédito específicas para fomento de atividades e aquisição de equipamentos.

O texto prevê três parcelas de R$ 600 a trabalhadores da cultura. Haverá subsídio para manter espaços artísticos e culturais e organizações comunitárias entre R$ 3 mil e R$ 10 mil. Em contrapartida, após a reabertura, os espaços beneficiados deverão realizar atividades a alunos de escolas públicas, prioritariamente, ou para a comunidade, de forma gratuita.