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Morto por tiro da própria arma

Sargento da PM teria deixado cair pistola, que disparou por acidente

Um sargento da PM, Renato Onisio dos Santos, de 38 anos, morreu após ser baleado na cabeça por um suposto disparo acidental de sua própria arma, na madrugada de ontem. O caso aconteceu no pátio do 38º BPM (Três Rios), onde ele era lotado. De acordo com a corporação, o PM havia acabado de chegar ao batalhão, ao final do expediente, por volta da meia-noite. Renato estava no banco do carona da viatura e, ao desembarcar, sua pistola, uma Taurus PT 100, calibre .40, teria caído no chão do veículo. No momento que ele abaixou para pegá-la, a arma teria disparado acidentalmente e o atingido na cabeça.

O policial que estava de serviço na guarda do quartel presenciou o fato. Renato foi socorrido por uma ambulância do SAMU ao Hospital das Clínicas Nossa Senhora da Conceição, também em Três Rios, mas não resistiu.

O Centro de Criminalística da Polícia Militar (CCrim) foi acionado para perícia no batalhão. O caso foi registrado na 108ª DP (Três Rios). A Polícia Militar informou que "um procedimento apuratório foi instaurado pelo comando do 38º BPM para averiguar as circunstâncias do fato".

Especialista: caso 'atípico'

Especialista em balística, o perito legista Carlos Durão esclarece que embora seja possível, esse tipo de disparo não é comum.

"De fato, há uma serie de problemas com as armas da Taurus. Mas essa pistola precisa ser periciada. A arma pode cair e disparar, mas é um ato contínuo. Não estou afirmando que esse intervalo entre a queda e o disparo não possa acontecer, mas é atípico. Pode acontecer, mas não se deve pensar só na hipótese do disparo acidental. O correto é que esse cadáver seja autopsiado, a arma passe por exame de balística e que uma reprodução simulada seja feita. A identificação da distância do tiro na perícia pode esclarecer essas dúvidas também", disse o legista.