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Cadê a mulher do Fabrício Queiroz?

Enquanto o marido já está em Bangu, ela segue foragida

Márcia Oliveira de Aguiar foi procurada em três endereços, em Minas
Márcia Oliveira de Aguiar foi procurada em três endereços, em Minas -

A defesa de Márcia de Oliveira Aguiar, esposa de Fabrício Queiroz, ex-assessor do então deputado estadual e agora senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), deu entrada, na noite de segunda-feira passada, com o pedido de habeas corpus na Justiça do Rio. Há um mandado de prisão preventiva expedido contra ela desde a quinta-feira passada. Fabrício já está numa cela, no Complexo de Gericinó. Márcia segue foragida.

Ontem, o Ministério Público e a Polícia Militar realizaram buscas em pelo menos três endereços, em Minas Gerais, que teriam ligações com Márcia. À noite, as buscas foram dadas por encerradas, sem que ela fosse encontrada.

Nos endereços vivem primos e tios de Queiroz. As casas foram vasculhados. Os policiais chegaram por volta das 6h e deixaram as residências pouco depois das 8h30.

Na semana passada, o ex-assessor do primogênito de Bolsonaro, Queiroz, investigado no esquema de "rachadinha" na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), foi preso no sítio de Wassef, agora ex-advogado de Flávio, em Atibaia, no interior de São Paulo.

Também ontem, surgiu a notícia de que a ex-esposa de Wassef, Maria Cristina Boner Leo, recebeu para sua empresa, a Globalweb Outsourcing, R$ 41,6 milhões, segundo o portal UOL. Os pagamentos teriam sido feitos entre janeiro de 2019 e junho. A empresa presta serviços de informática e tecnologia da informação a órgãos do governo federal, como o Ministério da Educação e o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES).

Empresária recebeu R$ 42 mi

O UOL afirma ainda que os valores pagos à Globalweb na gestão Bolsonaro já chegam aos pagos à empresa nos quatro anos de gestão Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB): R$ 42 milhões. Frederick Wassef diz que os negócios da empresa não têm relação com ele, acusou um ex-marido de Cristina de persegui-la e defendeu Bolsonaro. A Globalweb e Cristina negaram "qualquer tentativa de vinculação de seus resultados ou das contratações como fruto de influência política". Cristina tem em comum o mesmo advogado de Fabrício Queiroz. Paulo Emílio Catta Preta aparece como advogado de Cristina em ação cível e defendeu a empresária entre 2012 e 2018 no caso em que ela é acusada de pagar propina a integrantes do governo do Distrito Federal em troca de contratos — o mensalão do DEM.