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Queiroz pede prisão domiciliar

Em áudio dado à Justiça, filha o chama de burro

A defesa de Fabrício Queiroz, ex-assessor do então deputado estadual pelo Rio de Janeiro Flávio Bolsonaro — agora senador —, apresentou, ontem, à Justiça do estado, um pedido de habeas corpus. O advogado Paulo Catta Preta solicitou a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar. A defesa alega o tratamento conta o câncer e a pandemia do novo coronavírus como motivos para o tirar da prisão.

O Tribunal de Justiça confirmou o pedido de liberdade feito pela defesa e a decisão deverá sair nos próximos dias.

Em conversas por mensagem às quais o Ministério Público do Rio teve acesso, a filha e a mulher de Fabrício Queiroz criticam o fato de o pai ainda continuar tentando participar da política, mesmo sendo o principal alvo da investigação contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ). Nathalia Queiroz, a filha, diz que o pai é "burro". Márcia Oliveira Aguiar, a mulher, questiona quando ele vai fechar "o c... da boca". As conversas estão citadas na decisão judicial que autorizou a prisão de Queiroz. Ambas também são investigadas, e Márcia está foragida.

Ao encaminhar para Márcia uma reportagem que mostrava um áudio de Queiroz falando sobre cargos em Brasília, em outubro do ano passado, Nathália escreveu: "Meu pai não se cansa de ser burro, né?". E continua: "Quando tá tudo quietinho. Aí vem uma bomba. E do meu pai, né? Pra piorar as coisas, pros advogados do 01, todo mundo fica puto, revoltado. Com certeza todo mundo vai comer o c. dele falando", emendou, em possível referência aos advogados de Flávio Bolsonaro.