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Manifestação na Saara

Comerciantes pressionam por reabertura, mas prefeitura mantém data de 2 de julho

Movimentação na Saara: manifestantes pediram igualdade com os estabelecimentos que já funcionam
Movimentação na Saara: manifestantes pediram igualdade com os estabelecimentos que já funcionam -

Uma manifestação pacífica reuniu cerca de 200 comerciantes, ontem, na área do comércio de rua da Saara, no Centro do Rio. Os manifestantes chegaram a interditar, perto do meio-dia, a Avenida Passos, que logo foi liberada. Eles reivindicavam igualdade na área do comércio, que tem shoppings, concessionárias de automóveis e camelôs funcionando. No entanto, uma liberação somente será autorizada pela prefeitura em 2 de julho, para os estabelecimentos de rua.

A gota d'água para a manifestação não programada, de acordo com o presidente do Saara, Eduardo Blumberg, foi uma atuação exagerada da Guarda Municipal no local. Eles teriam intimidado os lojistas. "A Guarda Municipal veio com uma tropa de uns 80 agentes, entraram nas lojas, exigiram que o pessoal fechasse as portas, humilhando os comerciantes. Esse tratamento revoltou as pessoas ,que já estão passando por diversas dificuldades, daí elas começaram a protestar", reclamou Blumberg.

A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), disse que promoveu, ontem, uma ação conjunta de fiscalização do comércio no Centro da cidade, incluindo a área da Saara e do Camelódromo da Rua Uruguaiana, nas imediações. Segundo a prefeitura, os agentes encontraram a maioria dos estabelecimentos fechados. Entre os 23 estabelecimentos fiscalizados (quatro no camelódromo e 19 na Saara), cinco estavam em desacordo com o decreto municipal 47.282 (que trata da prevenção à Covid-19).

Sobre as denúncias de abuso dos guardas municipais, A Seop disse que "não há qualquer ação intimidatória, pois os agentes estão cumprindo o seu dever e agem dentro de sua competência e legalidade".