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Restrição menor agora é um risco

Especialista diz que isolamento social só deveria ser afrouxado daqui duas semanas

No momento em que o governador Wilson Witzel acena com a possibilidade de flexibilizar as restrições de circulação, o Estado do Rio registrou, ontem, 63.066 casos de Covid-19 e 6.473 óbitos pela doença, segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES). Especialistas alertam que afrouxar as medidas de isolamento social, agora, é um risco que pode aumentar o número de infectados, principalmente na capital. Ontem, o número de novos casos saltou de 2.134 diagnósticos confirmados em 24 horas no estado. Em relação às mortes, após dois dias seguidos com mais de 300 óbitos por dia, houve queda, com 146 novos registros. Na quarta-feira, foram 324 mortes, recorde de óbitos no Rio, e na quinta-feira, 317.

Para Lígia Bahia, especialista em Saúde Pública e professora da UFRJ, a reabertura dos estabelecimentos está sendo feita de uma forma não planejada. "Ainda estamos com uma curva ascendente de contaminação pelo vírus. Flexibilizar o isolamento, agora, é uma medida incorreta e precipitada. Acredito que tanto Witzel como Crivella estão tomando essa decisão ditados por critérios político-eleitorais".

Os estudos, de acordo com a professora, mostram que as atividades deveriam começar a serem retomadas em duas semanas. "O uso de máscara e a lavagem das mãos são barreiras epidemiológicas, mas a melhor forma de evitar a contaminação é o isolamento", destaca.

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