É a volta dos que não foram

Em meio à pandemia de coronavírus, os cinco deputados estaduais que foram presos em 2018, durante a Operação Furna da Onça, assumiram ontem seus respectivos mandatos na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Eles foram acusados de corrupção pela Lava Jato e estavam afastados do cargo.

A desobstrução ocorreu na quarta-feira, por meio de comunicado emitido pelo Tribunal de Justiça (TJRJ) para que fosse cumprida a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou à retomada ao exercício.

Com a medida, voltam à Alerj os deputados Marcus Vinicius Neskau (PTB), Luiz Martins (PDT), André Corrêa (DEM), Marcos Abrahão (Avante) e Chiquinho da Mangueira (PSC). No primeiro dia de trabalho o grupo participou da sessão extraordinária, que por conta do isolamento social, ocorreu de maneira online.

Vale relembrar que quando foram presos, esses deputados eram candidatos à reeleição. O pleito ocorreu poucos dias antes de a operação ser deflagrada. O grupo tomou posse em 2019, na cadeia, fato inédito na Alerj, mas liminar do TJRJ impediu a posse. No entanto, esta semana, o ministro Dias Toffoli derrubou a medida.

Segundo a investigação da Polícia Federal, os envolvidos faziam parte de um esquema de pagamento de propinas, entre R$ 20 mil e R$ 100 mil. Além disso, o grupo também foi acusado de negociar cargos e compra de votos. De acordo com apuração da PF, o esquema movimentou mais de R$ 50 milhões.