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Para reabrir em junho

Prefeitura prorroga bloqueios por sete dias mas planeja afrouxar isolamento

Apesar de bloqueado, Calçadão de Campo Grande registrou intensa movimentação de pessoas ontem
Apesar de bloqueado, Calçadão de Campo Grande registrou intensa movimentação de pessoas ontem -

A prefeitura planeja começar em junho a reabertura do comércio e publicará esta semana as regras de ouro que serão adotados para a retomada da atividade econômica. No mês que vem devem ser autorizadas a funcionar concessionárias de automóveis, lojas de móveis e academias de ginástica. "Já temos planos para o retorno. A expectativa é de ir abrindo aos poucos, não há expectativas de fechar mais", disse o prefeito Marcelo Crivella em entrevista coletiva no Hospital de Campanha do Riocentro. O prefeito se reúne a cada dois dias com o Comitê Científico para definir os critérios de reabertura.

Ontem foram prorrogadas por sete dias as medidas restritivas e os bloqueios em 13 bairros. A movimentação nas ruas foi intensa ontem em alguns bairros onde há bloqueios. No calçadão de Bangu, na Zona Oeste, pessoas circulavam sem serem incomodadas pela Guarda Municipal. O mesmo acontecia no calçadão de Campo Grande, na mesma região.

Também durante a semana, serão disponibilizados 880 leitos no Hospital de Campanha e no de referência ao tratamento do coronavírus, Ronaldo Gazolla, em Acari, na Zona Norte. Desses, cem serão para Unidade de Terapia Intensiva (UTI), na unidade do Riocentro, e 200 na unidade de Acari.

Curva de transmissão mais exata

A partir de hoje, o painel da prefeitura que contabiliza os dados sobre a Covid-19, vai contar também com informações sobre sepultamentos pela doença na capital, para que a população tenha acesso a quantos mortes foram registradas por dia. De acordo com a secretária municipal de saúde, Beatriz Busch, esses números colaboram para uma curva de transmissão mais exata.

“A preocupação é que a cidade saiba quem está morrendo diariamente de Covid-19, e esse foi o dado mais próximo para a gente poder construir curvas mais exatas. Cada vez que um laboratório liberava 300 resultados, aparecia no nosso painel como se 300 pessoas tivessem falecido nas últimas 24 horas, e a maioria dos resultados dizem respeito, talvez, a quando se iniciou os sintomas.”

A pasta também vai começar um projeto de investigação nas comunidades. Equipes da SMS vão colher amostras aleatórias de uma pessoa de cada residência, para entender como tem ocorrido a imunidade sorológica nesses locais. Segundo Busch, a investigação vai auxiliar o acompanhamento da curva de transmissão e de quantas pessoas da população estão se contaminando.

“A partir de hoje a equipe começa a se familiarizar com os formulários e a metodologia para a gente começar essas coletas. Acho que no próximo mês, a gente vai ter dados muito importantes dessa prevalência sorológica”, disse a secretária.