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Escalada assustadora

Número de mortes e casos no estado aumenta em intervalos cada vez menores

Rio de Janeiro 20/05/2020 - Covid-19 - Hospital de campanha de Nova Iguacu. Foto: Luciano Belford/Agencia O Dia
Rio de Janeiro 20/05/2020 - Covid-19 - Hospital de campanha de Nova Iguacu. Foto: Luciano Belford/Agencia O Dia -

Uma média de sete pessoas perdeu a vida, a cada hora, de terça-feira para ontem, devido à Covid-19, no Estado do Rio. As 158 mortes divulgadas ontem pela Secretaria Estadual de Saúde elevam o total de óbitos para 3.237. Os novos casos confirmados aumentaram em mais de 2,5 mil em 24 horas, para 30.372. É um crescimento assustador, em períodos cada vez mais curtos.

O primeiro óbito provocado pela doença no Rio foi divulgado no dia 19 de março, e a marca das primeiras mil vítimas foi registrada em 3 de maio, num intervalo de 45 dias. A partir daí, a escalada tem sido tristemente veloz.

De 4 a 13 de maio, em 9 dias, portanto, houve mais mil mortes. Na terça-feira, 19, o estado ultrapassou a marca das 3 mil vítimas fatais, em um intervalo menor ainda, de apenas 5 dias.

A Secretaria Estadual de Saúde explica que o aumento da notificação diária de casos e óbitos ocorre devido ao fato de a capacidade de testagem do Laboratório Central Noel Nutels e laboratórios parceiros ter dobrado, passando de 900 para até 1.800 análises por dia.

Segundo a pesquisadora Chrystina Barros, do CESS/UFRJ, o panorama indica a continuidade do aumento no número de mortes. "A tendência ainda é de crescimento, não existe perspectiva concreta de quando as mortes irão diminuir. Alguns números dão conta que podemos chegar a, pelo menos, 150 mil mortes. É importante reforçar as medidas restritivas para que o sistema dê conta de atender as pessoas", afirma.