O Ministério Público Federal (MPF) recomendou que medidas mais rígidas no combate ao novo coronavírus ocorram na Baixada Fluminense. O objetivo é que as cidades não sigam o decreto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que incluiu academias, salões de beleza e barbearias como serviços essenciais.
O órgão também pede que os municípios apresentem, em até cinco dias, uma avaliação de vagas em unidades de saúde e fortaleçam o isolamento. As medidas devem ser adotadas com base nos critérios definidos em documentação técnica e coleta de informações estratégicas em Saúde.
Ontem, o Ministério Público do Rio (MPRJ) garantiu que estado e capital sejam obrigados a colocar em operação todos seus leitos "livres ociosos" e "bloqueados ou impedidos".
A flexibilização do isolamento poderia causar ainda mais riscos de disseminação da Covid-19 e óbitos na região. De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, Duque de Caxias tem 911 casos, com 138 mortos; e Nova Iguaçu, 754, com 88 óbitos.
Restrição total
O MPRJ também recomendou a adesão de medidas restritivas totais, o lockdown, de atividades não essenciais e da circulação de pessoas, nas regiões mais críticas do estado.
De acordo com a Prefeitura do Rio, um estudo realizado por seu gabinete científico registrou que, pela primeira vez, houve queda na curva de contágio da Covid-19 na cidade.