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Morador do Complexo do Alemão morre com suspeita de Covid-19

A vítima é o motorista do 'Uber da Comunidade' e morava na favela da Fazendinha. Seus familiares também estão com sintomas do coronavírus

Alisson Vitor, de 42 anos, estava internado desde o dia 1º de maio
Alisson Vitor, de 42 anos, estava internado desde o dia 1º de maio -

O corpo do motorista do "Uber da Comunidade", do Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio, Alisson Vitor Duarte de Almeida, de 42 anos, foi enterrado na manhã de ontem, no Cemitério de Inhaúma. Ele morreu com sintomas de coronavírus, na madrugada de quarta-feira, na Casa de Saúde Santa Therezinha, na Tijuca, segundo seus familiares.

O caso foi noticiado ontem no site Voz das Comunidades. Alisson morava numa vila familiar de quatro casas na Favela da Fazendinha, no Complexo do Alemão, e todos estão com suspeita de Covid-19. Parentes do motorista contaram que ele começou a sentir febre, dor de cabeça e no corpo no dia 24. Alisson era hipertenso e diabético.

"Primeiro, ele foi em outro hospital particular, nos dias 24 e 27 de abril, e nem tocaram nele, só mandaram tomar dipirona. No dia 1º, os irmãos o levaram no Santa Therezinha, onde fizeram exames e a tomografia acusou pneumonia. Ele ficou internado", contou a sobrinha do motorista, Alyne Alice Santos, de 29 anos.

A jovem disse que, três dias antes de morrer, o tio ligou para alguns familiares se despedindo. "Ele ligou dizendo que sentia que ia morrer. Falou com a minha avó, mãe dele, pedindo uma oração", afirmou.

De acordo com os familiares, Alisson chegou a fazer o teste para confirmar se estava com coronavírus, mas morreu antes de sair o resultado. Em seu atestado de óbito, a causa da morte estava como "parada cardíaca/Covid-19", segundo Alyne. "O enterro foi muito rápido, ainda estamos assustados. Meu tio era um homem maravilhoso, alegre e solidário", lamentou.

Alisson era casado e deixa um casal de filhos, de 20 e 16 anos.

 

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