A demissão do ex-juiz Sergio Moro, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, provocou reações nos meios jurídico, empresarial, político e na sociedade em geral. Mas a saída do ministro mais popular do governo Bolsonaro vai abalar uma de suas principais bases eleitorais, o segmento evangélico. Logo após Moro informar a saída, a Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure) anunciou que cobraria apuração de crimes de responsabilidade que podem ter sido cometidos pelo presidente.
A investigação é um processo jurídico-político que pode levar ao impeachment de Bolsonaro. A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) também decidiu entrar com pedido de afastamento do presidente. A crise Moro/Bolsonaro reverberou no ambiente militar. O Clube Militar divulgou nota de desagravo a Moro.
Um dos principais apoiadores de Bolsonaro, o pastor Silas Malafaia (Assembleia de Deus Vitória em Cristo) afirmou que a demissão ocorre por "erro político".
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, afirmou que a instituição vai analisar os indícios de crimes apontados ontem pelo ex-ministro Sergio Moro durante pronunciamento.
A presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Renata Gil, lamentou o pedido de saída de Moro.
Em nota, a AMB afirmou que a carreira de Moro na magistratura "certamente contribuiu para levar ao Ministério uma visão ampla sobre o sistema de Justiça e a complexa realidade do Brasil."