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Antecipação suspensa

Segunda parcela do auxílio emergencial não pinga antes da data

Benefício no valor de R$ 600 entra na conta de 4 milhões de pessoas
Benefício no valor de R$ 600 entra na conta de 4 milhões de pessoas -

Os trabalhadores informais que começariam a receber ontem antecipadamente a segunda parcela do auxílio emergencial de R$ 600 foram surpreendidos com a decisão do governo de não mais fazer o pagamento antes das datas originais. Na última segunda-feira, o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, anunciou, na presença do ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, que os informais e pessoas inscritas no CadÚnico nascidas em janeiro e fevereiro teriam a segunda parcela liberada ontem. O que acabou não ocorrendo.

O Ministério da Cidadania anunciou que o governo não pagaria mais antecipado, por "fatores legais e orçamentários". Em nota, a pasta explicou que, "pelo alto número de requerentes que ainda estão em análise", está impedida legalmente de fazer a antecipação do benefício, prometida também pela Caixa. A suspensão do pagamento foi recomendada pela Controladoria Geral da União (CGU).

O ministério informou ainda que faltavam recursos no orçamento para fazer a antecipação do benefício e que será preciso aprovar um crédito suplementar. Pelo menos 12 milhões de trabalhadores ainda não receberam a primeira parcela.

O presidente Bolsonaro afirmou ontem que o anúncio da antecipação da segunda parcela do auxílio emergencial ocorreu sem ter sido autorizado. Bolsonaro respondeu a um comentário de uma seguidora feito em uma rede social. Ela afirmou que o governo havia "cancelado" o auxílio e questionou o presidente como o povo iria "sobreviver". Bolsonaro respondeu afirmando que "nada foi cancelado" e que "um ministro anunciou sem estar autorizado que iria antecipar a segunda parcela."

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