Mais Lidas

Marcas de moda fazem e distribuem máscaras

Estoque e mão de obra são usados na produção para doação

Danuze Miranda, criadora do ateliê Tenho Q Ter, na Ilha do Governador, ouviu o coração e começou a produzir, com tecidos que já tinha, máscaras para doação. Como ela, outras marcas passaram a usar a produção para ajudar no combate à pandemia.

"A ideia surgiu das costureiras. Elas amam trabalhar. Como ia deixá-las sem costuras? Em dois dias elas já estavam me cobrando serviço. Comecei a cortar e a dar para elas fecharem. Procurei lugares, doei para asilo, para funcionários de supermercados e farmácia. Estou em contato com uma cliente da área da saúde e me pediu 400 unidades para doação", conta Danuze, que corta as máscaras sozinha na fábrica e leva os tecidos para as costureiras em casa. Ela já conta mais de 600 máscaras produzidas.

Fundadora da Aleny, marca de moda praia, Alê Silva também passou a usar seu estoque para fazer máscaras. "Resolvemos fazer a nossa parte frente à escassez aguda de máscaras, principalmente aos mais vulneráveis", diz Alê, que já produziu mais de 300 máscaras. "Somos uma empresa pequena, mas, aos pouquinhos e com muito amor, estamos conseguindo ajudar", diz.

Doação também virou lema no Grupo S2, das marcas Cantão, Redley e Kenner. Na fábrica das sandálias Kenner, em Campina Grande (PB), estão sendo produzidas 50 mil máscaras hospitalares para doação, contando com funcionários voluntários.