Benefício para mais gente

A Câmara dos Deputados aprovou o PL 873/20 para ampliar a lista de trabalhadores beneficiados com auxílio emergencial de R$ 600 para o enfrentamento à Covid-19. A proposta é versão modificada da que fora aprovada pelo Senado, por isso, depois de concluída a análise de destaques terá de voltar a nova análise dos senadores e ir à sanção presidencial.

O texto inclui motoristas de aplicativo, taxistas, pescadores, manicures, diaristas e artistas. O governo apoia a ampliação, mas rejeita destaques da alteração de regras de pagamento do BPC e a criação de novo programa de auxílio-emprego. "O presidente Bolsonaro optou por apoiar essa ampliação", disse o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Bruno Bianco. 

O auxílio é estendido a mães solteiras menores de 18 anos e permite que pais solteiros recebam dobrado (R$1,2 mil). Permite que beneficiários que ganharam mais de R$ 28.599,70, em 2018, tenham acesso. Segundo Bianco, o PL custará R$ 10 bilhões a mais em 2020. O Ministério da Economia segue preocupado com mudanças no BPC inclusas no projeto. Se o ponto passar na Câmara, o governo o vetará, por risco de cometer crime de responsabilidade fiscal.

Sobre o programa de auxílio ao emprego, que teria custo de pelo menos R$ 114 bilhões, o governo acha que o ponto esbarra na MP em andamento contra o desemprego, que permite a redução do salário e da jornada. Ontem, Bolsonaro frisou que o governo não pode manter o auxílio por muito tempo. "O governo não é fonte de socorro eterna", disse em pronunciamento.