Mais Lidas

Heróis do condomínio

Porteiros zelam por moradores e pela limpeza contra o novo coronavírus

Na correria do combate ao novo coronavírus, alguns heróis do cotidiano passam despercebidos. De segunda a segunda, porteiros se arriscam pela cidade para atender os moradores dos condomínios, além de proteger os portões e a própria saúde.

"O condomínio precisa da gente, não podemos ficar doentes", conta Antônio Airton, 55 anos, que trabalha em Copacabana. Desde 1982, ele acorda cedo e se desloca de São Gonçalo para o trabalho, trajeto que passou a fazer em apenas 40 minutos de carro por causa das ruas vazias. O álcool em gel e companheiro fiel, que leva no porta-luvas e na mochila, assim como a carteira de trabalho, que pode ser obrigado a mostrar para entrar no município.

No trabalho, a rotina mudou. "Nós limpamos a bancada com álcool de três a quatro vezes por dia, além de higienizar constantemente os telefones, portas e elevadores. O síndico comprou álcool em gel e encomendou máscaras e luvas, mas ainda não chegaram. Minha irmã é costureira e fez máscaras para a família, o que sobrou eu trouxe pro prédio", diz. Mesmo assim, ele teme contrair ou transmitir o vírus.

Morador de Colégio, todo dia Antônio Carlos de Souza, 48 anos, pega o metrô até a Tijuca, onde trabalha há seis anos. Ao chegar, toma banho antes de começar a limpeza. "Faço a higienização da mesa, do telefone e da cadeira com álcool 70, e quando eu saio, a mesma coisa. O síndico garantiu álcool em gel para todos, e ajuda na limpeza do que usamos", diz.