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Testes rápidos na Rocinha

Campanha atinge pessoas que são dos grupos de risco

Com intuito de combater a pandemia do novo coronavírus nas favelas cariocas, a Rocinha recebe, amanhã, a segunda edição do projeto Favela sem Corona — a primeira aconteceu no sábado. Criado em março por um coletivo formado por sociólogos, geólogos, professores e profissionais de serviços sociais, o programa oferece testes rápidos e gratuitos para a detecção do vírus. Nesta primeira etapa, a campanha é destinada a pessoas do grupo de risco, que tiveram contato com casos fatais ou confirmados.

A expectativa do Favela sem Corona é fazer a testagem em cerca de 100 pessoas da comunidade. Com população de cerca de 200 mil habitantes, a Rocinha foi o primeiro local escolhido, por ter apresentado casos de morte pela Covid-19. O programa deverá ser levado a outras comunidades. 

Quem é testado recebe máscara caseira confeccionada por costureiras da comunidade da Maré. "Nós acreditamos que as parcerias são a melhor forma de alavancar um projeto", conta Pedro Berto, líder do projeto e ex-morador de comunidade.

Arrecadação

A arrecadação para os testes veio de pessoas físicas e resultou em quase R$ 20 mil. Agora, o projeto busca mais doadores para que possa levar a campanha a mais gente e a alcançar outras comunidades.
Além dos testes, o projeto quer também prevenir a disseminação da doença, dar apoio a possíveis infectados em comunidades vulneráveis e adotar medidas de colaboração socioeconômica para diminuir o impacto do coronavírus nas comunidades. Para isso, há a parceria com o ‘Brownie de Favela’, pequena empresa da comunidade, e o aplicativo James Delivery.

Os kits com quatro brownies, de sabores diferentes, estão disponíveis para venda na área de cobertura que o aplicativo atende na capital carioca. Com a compra de um kit, outro é doado a uma criança de uma comunidade.