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Missão humanitária

Operários correm para construir hospital de campanha no Leblon até fim do mês

Recém-formada, Karolline Luigi comanda os trabalhos no hospital de campanha. Antes de entrar na obra, todos passam por medição de temperatura
Recém-formada, Karolline Luigi comanda os trabalhos no hospital de campanha. Antes de entrar na obra, todos passam por medição de temperatura -

Davi Barros sai de São João de Meriti antes do sol nascer para bater ponto no Leblon às 6h30. Depois que chega no trabalho, não tem hora para sair. Ele é eletricista no hospital de campanha que o grupo particular de saúde Rede D'Or está erguendo para atender pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) com coronavírus. O turno tem sido dobrado, assim como a responsabilidade: o objetivo é finalizar a construção até o fim de abril. Os operários, em rotina cansativa, têm tratado a obra como missão humanitária no combate ao vírus.

"Eu saio de casa com o pensamento de ter que cumprir a missão. Por mais que as pessoas não estejam dando muita importância, a gente está comprometido. Antes de começar o projeto tivemos uma reunião com a direção. A gente ia ter que se doar. É uma campanha humanitária. A gente sabe que tem horário para entrar, mas não sabe quando vamos sair", afirma o responsável pela parte elétrica da obra do hospital de campanha, montado no terreno ao lado do 23º Batalhão da Polícia Militar, na autoestrada Lagoa-Barra. O investimento para a construção será de R$ 45 milhões, e vem totalmente da iniciativa privada, segundo a Rede D'Or. A estimativa é de criar cerca de mil empregos diretos e indiretos.