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Luz no fim do túnel no Rio

Um mês após o primeiro caso, isolamento social se mostra eficaz

A Avenida Nilo Peçanha, no Centro, deserta num dia de semana
A Avenida Nilo Peçanha, no Centro, deserta num dia de semana -

Amanhã, o Rio de Janeiro completa um mês da divulgação do primeiro caso de coronavírus no Estado. Apesar do avanço constante de relatos da Covid-19, especialistas consideram que, a continuar no atual ritmo, poderemos ter um quadro mais ameno diante da epidemia no período estimado de pico de contaminações, no fim de abril.

Segundo o Núcleo de Operações e Inteligência em Saúde (Nois), se for considerado o pior cenário, a média mais provável é que se chegue a 20 de abril com 5.140 casos confirmados. No entanto, com base nos números apresentados ontem pelo Ministério da Saúde, que divulgou um aumento para 1.074 casos atuais, o Nois avalia ser possível chegar ao dia 20 com um cenário mais ameno, estimando 3.156 casos — projeção fortemente ligada à manutenção de medidas restritivas, como o isolamento social.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) apontou um aumento, em 24h, de 807 para 867 casos confirmados na cidade do Rio, com 36 mortes. No resto do estado, a doença também avança. Levantamento da Secretaria Estadual de Saúde (SES) feito na quinta-feira aponta que, além do Rio, outros 29 municípios foram afetados.

No dia 5 de março, a SES confirmou o primeiro registro de Covid-19 no Estado, uma moradora de Barra Mansa, que tinha voltado da Itália no fim de fevereiro. Desde então, a curva crescente de casos fez com que grande parte dos fluminenses trocasse o sol escaldante das praias e parques pela proteção do isolamento social, medida do governador Wilson Witzel (PSC) implementada em 16 de março, e que se mantém como a mais eficaz no combate à Covid-19.

Ontem, a Secretaria de Estado de Saúde anunciou ter ampliado a capacidade de testagem de Covid-19 do Laboratório Central Noel Nutels, no Centro, e promete, já neste fim de semana, zerar a lista dos que aguardam laudos.

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