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'Coronavoucher' a partir da semana que vem

Ministro diz que os R$ 600 podem ser pagos antes da Páscoa

O ministro Onyx Lorenzoni apresentou detalhes sobre quem pode receber o auxílio de R$ 600
O ministro Onyx Lorenzoni apresentou detalhes sobre quem pode receber o auxílio de R$ 600 -

A população já registrada no Cadastro Único de programas sociais do governo federal serão rastreados pelo Ministério da Cidadania, que pretende começar a pagar o auxílio emergencial de R$ 600 a partir da próxima semana. Foi o que anunciou ontem o titular da pasta, o ministro Onyx Lorenzoni, acrescentando que essas pessoas serão alvo de um "esforço" governamental para receber o chamado "coronavoucher" antes da Páscoa (12 de abril). Já os beneficiários do Bolsa Família receberão os créditos no calendário normal do programa, que começa em 16 de abril.

O Cadastro Único tem quase 75 milhões de pessoas registradas, das quais 65 milhões têm CPF conhecido. Fora dele, o governo estima que 15 milhões a 20 milhões não têm nenhuma formalização de sua atividade. São esses que o governo precisará rastrear de forma mais "manual".

Para isso, o governo deve lançar na próxima terça-feira um aplicativo acessível pelo celular e pelo computador para a realização da chamada "autodeclaração". O trabalhador informará ao governo que precisa do auxílio emergencial, e as autoridades checarão se ele preenche todas as regras.

"Vai ser supersimplificado, as pessoas poderão fazer cadastramento para permitir que, até 48 horas depois, o recurso esteja creditado, para aqueles que cumprirem os requisitos", explicou Onyx.

Aplicativo deverá ser o 'mais baixado' do mundo

Na entrevista em que falou do aplicativo para cadastrar informais fora do Cadastro Único, o ministro Onyx Lorenzoni destacou que tem trabalhado com dois focos: segurança e agilidade. Mas admitiu que há complexidades. Dos 14,3 milhões de famílias que receberão o Bolsa Família em abril, cerca de dois milhões têm um benefício maior que os R$ 600 do auxílio emergencial — por isso, é preciso um cuidado para que elas não tenham a substituição automática e acabem recebendo menos. "Essas pessoas precisam ser claramente identificadas", disse.

Sobre o aplicativo, Onyx afirmou que devem fazer o cadastramento trabalhadores fora do Cadastro Único, contribuintes individuais do INSS e microempreendedores individuais (MEIs).

O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, afirmou que o aplicativo deverá ser "o mais baixado do mundo". O "maior foco" da Caixa, segundo ele, tem sido operacionalizar a entrega do auxílio emergencial.