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Oportunidade na crise

Costureiras vendem máscaras de tecido e governo prepara instruções de uso

Em meio à crise causada pela pandemia do novo coronavírus, há quem enxergue o momento de grandes dificuldades como uma oportunidade de renda extra. Com a escassez de máscaras no mercado para proteger as pessoas da Covid-19, Adriana Nascimento, de 50 anos, tem vendido máscaras de tecido, reutilizáveis, por R$ 8 a unidade. Em média, ela comercializa cerca de 30 por dia.

Outra que descobriu o filão é Kátia dos Santos, de 54 anos, que tem aproveitado o seu próprio estoque de tecidos para confeccionar as máscaras. "Tenho recebido pedidos até de São Paulo. Tenho máscaras diferentes, como as de estampas de oncinha, de barquinho e de florzinha", conta a costureira.

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que está elaborando instruções para a população em geral sobre o uso de máscaras de pano. A pasta destaca que a máscara é uma barreira física e pode ser feita de pano por quem não tem outra alternativa.

Ainda sobre o uso das máscaras de proteção, o Ministério da Saúde recomenda que a população deixe aquelas aprovadas pela Anvisa para serem usadas nos hospitais, pelos profissionais da saúde e pessoas que apresentem sintomas.

Mudança de orientação

Ciente da escassez do produto, inclusive nos hospitais em todo o país, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, mudou sua opinião inicial, que era de que fossem usadas apenas as máscaras cirúrgicas. Porém, diante da crise, outros tipos de máscaras passaram a ser aceitas, para o uso da população, como as de tecido.