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Política nessa hora?

Witzel cogita parar quarentena se não tiver ajuda federal, mas depois recua

Witzel fala em afrouxar quarentena ao cobrar do governo federal recursos para o Estado do Rio
Witzel fala em afrouxar quarentena ao cobrar do governo federal recursos para o Estado do Rio -

Depois de anunciar que poderia afrouxar as medidas de isolamento social no Estado, o governador Wilson Witzel recuou e garantiu que pretende manter a ordem de ficar em casa. O governador ajustou o discurso à tarde, após a declaração feita de manhã repercutir mal entre autoridades da Saúde. Witzel criticou o posicionamento do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que alinhou seu discurso ao do presidente Jair Bolsonaro. "Isso é hora de fazer política?", questionou.

"Reafirmo nossa responsabilidade, baseado na OMS, nos especialistas e no meu secretário da Saúde, de que as pessoas, neste momento, precisam ficar em casa; de que é necessário o isolamento social, que o mundo inteiro está fazendo", disse Witzel, em áudio divulgado pelo RJTV, da Rede Globo.

Pela manhã, Witzel disse que a manutenção da quarentena dependeria de ajuda federal, do contrário, o estado ficaria em "caos financeiro": "Não podemos pedir para autônomos, pequenos empresários, para empresas ficarem paralisadas, se não houver uma sinalização imediata do ministro Paulo Guedes", afirmou.

Witzel criticou o ministro da Saúde, que, na quarta-feira, afirmou que a quarentena foi precipitada. "Esse novo posicionamento deixa a sociedade zonza: 'Fico em casa ou não fico em casa?'. Isso é inadmissível, porque o ministro mudou totalmente sua visão sobre o isolamento", disse.