Aula online e em casa

Com a suspensão das aulas presenciais podendo durar três meses, a Secretaria de Estado de Educação (Seeduc) vai disponibilizar, a partir de segunda-feira, conteúdo online para alunos da rede pública. O retorno às salas estava previsto para a semana que vem, mas foi prorrogado, respeitando as normas do gabinete de crise de prevenção ao coronavírus.

A plataforma usada será o Google Classroom, que firmou convênio com a Seeduc. De acordo com a pasta, os professores ministrarão as atividades em seus horários de trabalho, respeitando o quadro de aulas presenciais. As Gratificações por Lotação Temporária (GLPs) serão mantidas. Os estudantes que não tiverem acesso à Internet vão receber o material impresso em casa e terão aulas de reforço.

Segundo o secretário de Educação, Pedro Fernandes, o objetivo é manter os 200 dias letivos, ainda que a Lei de Diretrizes e Base da Educação (LBD) permita que os estados terminem o ano com menos carga horária de aula diante da pandemia da Covid-19. "O objetivo da Seeduc é não prejudicar nem desestimular os alunos durante o período de quarentena. As horas de aulas a distância serão contadas como horas-aula normais." Fernandes acrescenta que o método de avaliação e provas bimestrais dependerá do período de interrupção das atividades presenciais.

Apesar de concordar que os alunos devam receber atividades e serem incentivados a se manterem proativos, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) questiona a medida. "Somos a favor de que a Seeduc garanta exercícios que combatam a inatividade do aluno. Mas, sendo equivalente à aula, a gente é contra, por causa da fragilidade do processo, da desigualdade e falta de planejamento. Vamos acionar o Ministério Público", avisou o coordenador-geral Gustavo Miranda.

Com relação às escolas particulares, existe uma mobilização com objetivo de reduzir o valor das mensalidades. Em grupos de WhatsApp já circula abaixo-assinado de pais e responsáveis de alunos pedindo desconto.