O drama vivido por pacientes da Covid-19 e seus familiares esbarrou, ontem, nas imposições da lei para evitar a proliferação do vírus. Iraci Ferreira, 66, morreu na manhã de ontem, na Grande São Paulo. Devido às medidas impostas para restringir a circulação de pessoas, a filha de Iraci, Simone Ferreira, moradora do Rio, só poderia ir ao sepultamento da mãe de avião ou ônibus com autorização judicial. Mas não houve tempo para a decisão.
O resultado do exame ainda não tinha ficado pronto e, então, a morte de Iraci foi tratada como suspeita de coronavírus. Em São Paulo não é possível escolher o dia do sepultamento. Dessa forma, Simone não teve como se despedir da mãe, que morreu ontem às 7h40 e foi sepultada às 16h30. "Minha mãe foi enterrada sem eu poder dar um último adeus pra ela", lamentou Simone.