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NA FILA DE RISCO

Aglomerações marcam primeiro dia útil de restrições no acesso a trem, metrô e barcas

'Eu nunca vi coisa assim em 56 anos de vida. Jamais imaginei um dia vivenciar uma situação igual. Parece filme, mas é real". O desabafo é do pedreiro José Marcos dos Santos, morador de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ontem pela manhã, no primeiro dia útil do controle de acesso montado pela Polícia Militar, ele não conseguiu pegar o trem por causa das novas restrições. 

Como ele, centenas de pessoas tiveram que passar por uma triagem para acessar trens, metrô e barcas, rumo à capital. Nem todos conseguiram passar. Passageiros enfrentaram filas quilométricas nas entradas das estações.

Nas rodovias, motoristas também encontraram dificuldades para chegar ao Rio. A PM informou que montou 27 bloqueios em diferentes pontos da cidade. Só conseguem entrar no Rio pessoas que trabalham em setores considerados como essenciais para a população. A medida está valendo desde sábado.

Nos trens, até o início da tarde, a SuperVia havia registrado redução de quase 136 mil passageiros em relação a uma segunda-feira normal. No metrô, uma fila gigante na estação Pavuna, final da Linha 2, dobrava dois quarteirões. Passageiros levaram mais de uma hora para chegar às catracas.

Filas enormes também se formaram na estação Araribóia das barcas, em Niterói. No BRT, apesar de estações vazias, ônibus articulados circulavam lotados. O BRT Rio ameaça parar o atendimento ao público a partir de amanhã, caso não consiga ajuda financeira da prefeitura.