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Dois milhões de vítimas

Criminosos usam pandemia para roubar dados e senhas pelas redes sociais

Infografico golpes ciberneticos 23 mar
Infografico golpes ciberneticos 23 mar -

Não bastasse a ameaça do coronavírus, que é real e já vitimou mais de 300 mil pessoas em todo o mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), agora os cidadãos brasileiros têm que lidar com golpistas que se aproveitam da boa-fé e do desespero das pessoas para roubar dados e senhas bancárias. O dfndr lab, laboratório especializado em segurança digital da PSafe, alerta que encontrou 19 golpes e seis aplicativos maliciosos que utilizam a doença e o isolamento social como pretexto para atrair a população, atingindo mais de 2 milhões de pessoas.

Nos últimos dias, os principais golpes pelo WhatsApp foram relacionados à Ambev (com suposta produção e distribuição de álcool em gel) e à Netflix (com suposta gratuidade aos primeiros cadastrados durante a pandemia). Não clique, é golpe! Outro golpe pelo aplicativo de mensagem pede ao usuário para clicar em um link para se cadastrar e receber os R$ 200 de auxílio que o governo federal vai direcionar a autônomos e trabalhadores informais. Quem clicar nesse endereço eletrônico vai ser redirecionado a uma página e pode ter muita dor de cabeça: os falsários roubam dados do usuário. Segundo Emilio Simonini, diretor do dfndr, a maioria dos golpes tem o objetivo de roubar dados pessoais e financeiros, como senhas bancárias, ou levar as vítimas a páginas falsas.

"Para tornar o ataque mais verídico, alguns golpes se aproveitam de ações reais que grandes empresas e o governo estão realizando para enfrentar o coronavírus", alerta Simoni. "A tendência é que o número de ataques e de vítimas aumente nos próximos dias, principalmente em decorrência do agravamento da situação do país", continua.

Infografico golpes ciberneticos 23 mar Arte Paulo Márcio
Golpe usou como isca a Ambev, que vai produzir álcool gel para hospitais Reprodução de WhatsApp
fotos Reprodução de WhatsApp