Mais Lidas

Condomínio tem proteção contra COVID-19

Outro condomínio da mesma região decidiu se precaver, depois de um morador estar com suspeita da doença

O medo do coronavírus tem feito condomínios do Rio adotarem medidas de prevenção. No Edifício Progresso, no Flamengo, ninguém passa da portaria sem higienizar as mãos. Na saída da garagem ficam duas mesas com álcool em gel e luvas para os alérgicos ao líquido. Há ainda 'dispensers' nos halls dos elevadores e todos os funcionários têm seu próprio recipiente com álcool em gel.

"Há 15 dias colocamos um dispenser em frente aos elevadores da portaria. Mas, no domingo, colocamos mais e ainda tiramos os bancos da entrada e os móveis que estavam na portaria para evitar que o vírus fique nas superfícies. Temos muitos idosos. Então todo cuidado é pouco", afirma a síndica Marisa Dreys. "E todos os locais de constante toque passam por cinco higienizações diariamente", completa.

A medida, é claro, foi aprovada. Segundo a síndica, 90% dos moradores já aderiram aos cuidados. "Quanto mais a gente puder evitar a disseminação, melhor. Acredito que todo mundo do prédio vai aderir. É importante a gente se proteger", elogiou a moradora, Aline Raposo.

Os funcionários de estabelecimentos comerciais que fazem entrega no condomínio também precisam se higienizar. E eles aprovaram a medida. É o caso do entregador de um supermercado da região, Marcelo Alves. "É uma boa iniciativa. A gente que trabalha na rua, nem sempre tem onde limpar as mãos e pode acabar pegando o coronavírus", disse.

Mas nem todos os condomínios tiveram as mesmas iniciativas. Morador de um condomínio no Catete, Robson Ferreira conta que as medidas de prevenção só começaram ontem, depois de um dos moradores apresentar suspeita da COVID-19. "O condomínio fechou todas as áreas comuns, como piscinas, academia e quadra poliesportiva. Saiu comunicado para evitar descer para não ter aglomeração. Mas estamos tensos com a informação de um morador que está infectado. Estou muito assustado, porque não sabemos o local que esse infectado se encontra e se ele está tomando os devidos cuidados", desabafou.

 

EVITE ÁREAS COMUNS DE CONDOMÍNIOS

Com as aulas suspensas e a adesão de diversas empresas pelo serviço de home office, as áreas comuns dos condomínios, como piscinas, academias e parquinhos, passam a ser muito procuradas pelos moradores. Entretanto, o biomédico virologista do Instituto Brasileiro de Medicina de Reabilitação (IBMR), Raphael Rangel, alerta para os riscos de uso dos espaços coletivos. "O ideal é não frequentar as áreas comuns dos condomínios e evitar que as crianças fossem a parquinhos, porque as pessoas podem deixar algum rastro do vírus nesses locais. Todas as pessoas devem evitar as áreas comuns, não somente idosos, já que podem transmitir a doença", explica. "O condomínio precisa usar hipoclorito e água sanitária para a higienização, e disponibilizar álcool em gel em áreas comuns", avisa.