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Mulheres no comando

Presença feminina em cargos de chefia na Polícia Militar é cada vez maior

Em 1982, a primeira turma de mulheres na Polícia Militar foi formada, com 158 soldados. Quase quatro décadas depois, a força feminina na tropa representa 10% do total de 45 mil agentes e ocupa posições de destaque, como o comando de batalhões operacionais. São os casos de Volta Redonda e Resende, no Sul Fluminense, comandados pelas coronéis Andréia Campos e Luciana de Oliveira, respectivamente.

"Tenho 28 anos de carreira e sempre desempenhei as mesmas funções que os oficiais do sexo masculino", afirmou Andréia, que já foi comandante em Magé, Baixada Fluminense, Resende e no Regimento de Cavalaria.

A mesma opinião tem a oficial Luciana, mas com uma ressalva. "Muitas unidades ainda não têm acomodações específicas para as mulheres", disse.

"Há um significado todo especial em ter uma mulher à frente de um batalhão. As mulheres se sentem representadas", disse Andréia. "Muitas jovens me perguntam, interessadas, como fiz para chegar até aqui. Isso é um motivo de orgulho, pois tenho inspirado outras mulheres a ingressarem na corporação", completou Luciana.

Com várias ocorrências de repercussão, como apreensões de toneladas de drogas, a que mais marcou a vida de Andréia foi um parto. "Ajudei uma senhora a dar à luz uma menina. É para isso que estamos aqui. Para trazer a paz e a tranquilidade para as pessoas", afirmou Andréia, que, como Luciana, são motivos de orgulho no Dia Internacional da Mulher.