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Prédios da milícia são demolidos

Prefeitura começa a derrubar construções ilegais

A Prefeitura do Rio de Janeiro iniciou ontem a demolição de prédios irregulares na Muzema, na Zona Oeste do Rio. Em abril do ano passado, dois edifícios desabaram causando a morte de 24 pessoas. As demolições, segundo promessa da Prefeitura, serão feitas apenas em prédios que ainda estão em construção.

A ação estava prevista para começar às 9h30, mas moradores fizeram barricadas na entrada do Condomínio Figueiras do Itanhangá, onde fica o conjunto de prédios, para tentar impedir o início das demolições. Após cerca de uma hora de negociações e a promessa de que nenhum imóvel habitado seria destruído, os moradores acabaram permitindo o acesso de funcionários para começar a demolição dos prédios.

Uma decisão judicial, que é contestada pela Defensoria Pública, já autorizou a Prefeitura do Rio a demolir também seis edifícios já ocupados, mas que estão em área de risco na localidade. Um acordo, porém, estabeleceu que novos testes nas edificações serão feitos para tentar evitar a derrubada. No ano passado, o município já havia demolido outros cinco prédios no mesmo condomínio, próximos aos dois prédios que desmoronaram em abril.

Em janeiro, a polícia prendeu 33 homens apontados como milicianos que atuavam na região. Entre eles, o então chefe de investigação da 16ªDP (Barra da Tijuca), Jorge Luiz Camilo, responsável por investigar a milícia.