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Sátira e exaltação

São Clemente critica as vigarices do Brasil e Vila homenageia 60 anos de Brasília

O burro do conto do vigário foi tema do abre-alas da São Clemente
O burro do conto do vigário foi tema do abre-alas da São Clemente -

A segunda noite de desfiles do Grupo Especial na Sapucaí, ontem, começou com uma chuva fina, que logo passou e lavou o chão para a São Clemente trazer toda sua irreverência e crítica já na comissão de frente, onde uma santa era disputada por vigários. O enredo O Conto do Vigário, do carnavalesco Jorge Silveira, revisitou a história do Brasil, contando malandragens e trambiques que ficaram famosos desde o período colonial: da venda de terrenos na Lua, passando por políticos sem escrúpulos até a má-fé de religiosos, nada escapou.

Chegando ao Brasil moderno — aliás, muito atual —, a escola trouxe as vigarices tecnológicas, como os golpes pelas redes sociais e as fake news. O humorista Marcelo Adnet, um dos compositores do samba, veio no quinto carro alegórico caracterizado como o presidente Jair Bolsonaro. Ele fez flexões, 'arminha' e jogou laranjas de pelúcia ao público, que ria e aplaudia. O carro representando a Fábrica de Fake News trouxe marionete gigante de Pinóquio.

Segunda a pisar na Avenida ontem, a Vila Isabel homenageou os 60 anos de Brasília com o enredo Gigante Pela Própria Natureza: Jaçanã e um Índio Chamado Brasil, do carnavalesco Edson Pereira, no qual a capital federal nasce para levar esperança para os povos da Terra, onde vive o indiozinho Brasil. Lindas, Aline Riscado, Rainha de Bateria, e Sabrina Sato, Rainha da escola, foram um show à parte no desfile da Azul e Branca.

Também desfilaram ontem Salgueiro, Mocidade, Unidos da Tijuca e Beija-Flor.