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Unidos do dindim no bolso

Vendedores faturam com bebidas e serviços inusitados

Nem só de diversão e samba no pé é feito o Carnaval do Rio. A festa é também uma excelente oportunidade para empreender e, é claro, ganhar um dinheirinho extra. Não à toa, muitos foliões, além de curtir os blocos espalhados pela cidade, têm se virado nos trinta e oferecido uma gama variada de produtos e serviços. Há desde vendedores de batidas caseiras e sanduíches veganos a borrifadoras de purpurina, entre outros.

Os pequenos empreendedores, aliás, são facilmente reconhecidos. E não foi diferente, ontem, no desfile do Bloco Bangalafumenga, no Aterro do Flamengo. Arthur Costa, por exemplo, trouxe uma novidade para o Carnaval carioca — o gincolé. Trata-se de um sacolé de gin nos sabores limão siciliano com hibisco e limão taiti com hortelã ou alecrim. Segundo o advogado de 28 anos, é importante se adaptar ao que está na moda no momento para fazer dinheiro na festa. "Em 2018, a bebida da moda era a catuaba. Ano passado foi a corote. Neste ano é o gin", conta.

Já Caetano do Engenho vende, junto com seu filho, batidas artesanais. O cantor oferece a bebida com os seguintes sabores: pêssego, limão, uva, abacaxi e manga. Além disso, disponibiliza copos de tamanhos variados para atender a sede de todos. Caetano revela que sua batida tem feito bastante sucesso nesse Carnaval. "A gente tem vendido cerca de 24 litros por dia", diz o cantor.

Enquanto isso, a estudante Ananda Neves, de 20 anos, leva como opção para os blocos um lanche vegano. Trata-se de um hambúrguer super saboroso que ela vende durante todo o ano em sua faculdade. Contudo, a estudante admite que, durante a época da folia, suas vendas aumentam consideravelmente. "O Carnaval é quando eu consigo faturar além do que eu costumo ganhar", conta Ananda.

Por fim, o Refil da Alegria é mais um dos negócios que foram vistos no Bangalafumenga. É também um empreendedorismo voltado para a área de bebidas, mas com a proposta de oferecer refil durante todo o bloco. Thiago Collares, criador desse projeto, revela o potencial de venda de seu produto. "Se a gente vender os 90 litros de bebida que traz pro bloco, a gente faz R$ 1.800".