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É bom registrar: depois do não, tudo é assédio

Grupos e autoridades se unem para garantir segurança de mulheres

Carnaval é tempo de descontração, mas também para falar de assunto sério. O assédio, a importunação sexual e o estupro viraram enredo da folia devido ao alto número de mulheres vítimas desses delitos e crimes. Uma pesquisa do Ibope-Inteligência aponta que 48% das mulheres já sofreram algum tipo de assédio, constrangimento ou importunação sexual em celebrações de Carnaval. No caso das vítimas com idade entre 16 e 24 anos, os números chegam a 61%.

Um levantamento realizado entre 31 de janeiro e 6 de fevereiro mostra que 29% dos homens acreditam que mulheres que usam roupas ou fantasias curtas não podem reclamar de cantadas. Além disso, 18% deles concordam que 'roubar beijo' faz parte da paquera; 15% acham elogio chamar mulher de "gostosa"; e 9% consideram aceitável abordar segurando pelo braço.

Pensando no bem-estar e na segurança das foliãs no Carnaval, coletivos e órgãos públicos se uniram para conscientizar a população. Pela primeira vez, os Anjos do Carnaval chegam aos blocos de rua para acolher e orientar vítimas de assédio. Entre hoje e terça-feira serão distribuídos 100 mil adesivos da campanha.