Federal é executado

Um policial federal morreu e um outro agente foi baleado, ontem, após serem atacados a tiros na Favela do Rola, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio. Identificado como Ronaldo Herem, ele trabalhava na Delegacia Regional de Combate ao Crime Organizado (Delecor) e foi atingido por disparos no local. O outro agente, que foi identificado apenas como Plínio, ficou ferido e conseguiu se esconder em uma casa da região.

A Polícia Militar foi até o local e conseguiu resgatar o agente ferido e socorrê-lo a um hospital. Moradores informaram aos policiais que o ataque teria sido feito por milicianos. Essas testemunhas ainda relataram que os paramilitares foram os responsáveis por pichar o carro descaracterizado dos agentes com iniciais de uma facção criminosa para "pôr a culpa em traficantes". A informação será investigada.

Em nota, a Polícia Federal divulgou que recebeu a informação da morte "com profundo pesar, o falecimento de um agente de Polícia Federal, lotado na Superintendência Regional da Polícia Federal do Rio de Janeiro, atingido por disparos de arma de fogo, na tarde de hoje, enquanto realizava diligência na comunidade de Antares, no Bairro de Santa Cruz".

As comunidades Rola e Antares, em Santa Cruz, foram tomadas por criminosos ligados à milícia de Wellington da Silva Braga, o Ecko, em 2017. Separadas somente por uma rua, a do Rola é controlada quase na sua totalidade por milicianos. Já Antares é um reduto do CV, que envia 'soldados' para 'trabalho' de turnos de 10 horas diárias nas favelas da Vila Kennedy e do Juramento.