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Miliciano levou dois tiros

Necropsia aponta duas perfurações por arma de fogo no corpo de Adriano

O laudo da necropsia do corpo do ex-capitão do Bope e miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega, morto durante ação conjunta das polícias Militar da Bahia e Civil do Rio, na zona rural da cidade de Esplanada, na Bahia, no domingo, atesta que o chefe da quadrilha denominada Escritório do Crime foi atingido por dois tiros. Assinado pelo diretor do Departamento de Polícia Técnica (DPT) da Bahia, Élson Jeffesson, o documento aponta duas perfurações por arma de fogo, na região entre o pescoço e a clavícula, além do tórax.

Ontem, a Justiça do Rio proibiu, duas vezes, que o corpo do miliciano fosse cremado, conforme queria a família dele. A cerimônia estava prevista para as 10h de ontem no Crematório do Cemitério São Francisco Xavier, no Caju. As decisões foram da juíza Maria Izabel Pena Pieranti, do plantão judiciário, e do juiz Gustavo Kalil, do 4º Tribunal do Júri, onde Adriano era réu.

Além do laudo da necropsia, o DPT também disse que analisa o escudo usado por policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Bahia, que teria sido atingido por tiros disparados por Adriano. Segundo o DPT, "os PMs relataram em depoimento que o equipamento evitou que dois disparos de arma de fogo os atingissem".

A perícia da Coordenação de Engenharia Legal vai relatar qual material causou os danos no escudo. "Olhando preliminarmente enxergamos duas marcas provenientes de impactos relevantes. As equipes agora analisarão se existem fragmentos de chumbo ou cobre, presentes em projéteis", explicou o diretor do DPT.