Senhor, eu sou a Ilha!
E no meu ventre essa
Verdade que impera
Que é invisível entre becos e vielas
De quem desperta,
Pra viver a mesma ilusão
E vai trabalhar
Antes do sol levantar de novo
A voz do rancor não cala
Meu povo, não!
Sou mãe! Dignidade é meu destino
Rogo em prece meus meninos
Ao longe, alguém ouviu
Meus filhos são filhos
Dessa mãe gentil
Inocentes, culpados,
São todos irmãos
Esse nó na garganta,
vou desabafar
O chumbo trocado, o lenço na mão
Nessa terra de deus-dará...
Eu sei o seu discurso oportunista
É a ganância, hipocrisia
O seu abraço é minha dor,
Seu doutor
Eu sei que todo mal
Que vem do homem
Traz a miséria e causa fome
Será justiça de quem esperou
O morro vem pro asfalto e dessa vez
Esquece a tristeza agora...
É hoje, o dia da comunidade
Um novo amanhã,
Num canto de liberdade
A nossa riqueza é ser feliz
Por todos os cantos do país
Na paz da criança, o amor da mulher
De gente humilde que pede com fé