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Aula de restrições

Alunos da rede municipal enfrentam racionamento de água na volta às aulas

No portão do Ciep Marechal Teixeira Lott, em Realengo, sugestão para alunos levarem água de casa
No portão do Ciep Marechal Teixeira Lott, em Realengo, sugestão para alunos levarem água de casa -

A volta às aulas nas escolas municipais, em meio à crise hídrica no estado, ocorreu com restrições no consumo de água. Em Realengo, na Zona Oeste do Rio, alunos de creches tiveram a escovação dos dentes e o banho interrompidos. Em outras unidades de ensino da região, mesmo com a prefeitura fornecendo água mineral, os pais foram orientados a colocar água e copos na mochila dos filhos. O início do ano letivo nas 1.540 unidades da rede foi adiado por um dia devido a problemas na água da Cedae.

"Não podemos escovar os dentes das crianças e nem dar banho", contou a professora de uma creche em Realengo.

Uma outra unidade, na mesma região, convocou reunião e solicitou água aos pais. "Coloquei água na mochila do meu neto por prevenção. Mesmo que não pedissem, colocaria", disse Raiane Costa, de 39 anos.

Segundo a professora de uma outra creche, se o problema persistir até depois do Carnaval, quando já tiver passado a fase de adaptação, a situação ficará mais complicada. De acordo com docentes de escolas da Zona Oeste, cada aluno e funcionário receberam duas garrafas de 500 ml. Trabalhadores de um Ciep relataram que a caixa foi higienizada, mas a água é usada apenas para limpeza.

Pelas redes sociais, circula um desabafo de um professor de uma escola na Zona Norte. Segundo ele, os profissionais estão recebendo uma cota diária de dois copos de água de 200 ml. O docente pede ajuda para que a situação seja denunciada nos ministérios Público e do Trabalho.