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Bloco 'Agytoê' arrasta foliões no Aterro do Flamengo

Depois de seis anos desfilando de madrugada, bloco desfilará pela manhã em busca de legalização

Integrantes do bloco 'Agytoê' fizeram, ontem, o primeiro teste do desfile em novo horário, percorrendo desde o Museu de Arte Moderna, no Aterro do Flamengo, até o Catete, na Zona Sul da cidade
Integrantes do bloco 'Agytoê' fizeram, ontem, o primeiro teste do desfile em novo horário, percorrendo desde o Museu de Arte Moderna, no Aterro do Flamengo, até o Catete, na Zona Sul da cidade -
Rio - Mais de 300 foliões seguiram o cortejo do 'Agytoê', bloco de ritmos afro que desfilou neste domingo pela manhã, no Aterro do Flamengo, do Museu de Arte Moderna (MAM) até o Catete, na Zona Sul do Rio. Esse ano será o sétimo Carnaval do bloco, mas o primeiro em novo horário.
"Antes, o desfile era de madrugada, mas para ser legalizado, a prefeitura não legaliza nenhum bloco na madrugada. Nosso desfile oficial será quarta-feira, às 7h da manhã. Acho que essa mudança faz parte do processo de estar enquadrado dentro da legalização, mesmo que descaracteriza toda a história de seis anos de madrugada", pontua Rafaela Pacola, integrante do 'Agytoê'. "Estamos em processo de legalização e ele tem sido muito truncado porque a cada hora, eles te mandam para um órgão e quando chega lá, não é naquele órgão. A prefeitura ainda está muito desorganizada com esse processo de legalização do Carnaval. Todo ano eles mudam esse processo", acrescenta ela.

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Ensaio do bloco Agytoê no Aterro do Flamengo Cléber Mendes
Ensaio do bloco Agytoê no Aterro do Flamengo Cléber Mendes
Ensaio do bloco Agytoê no Aterro do Flamengo Cléber Mendes
Ensaio do bloco Agytoê no Aterro do Flamengo Cléber Mendes
Ensaio do bloco Agytoê no Aterro do Flamengo Cléber Mendes
Ensaio do bloco Agytoê no Aterro do Flamengo Cléber Mendes
Ensaio do bloco Agytoê no Aterro do Flamengo Cléber Mendes
Ensaio do bloco Agytoê no Aterro do Flamengo Cléber Mendes
Ensaio do bloco Agytoê no Aterro do Flamengo Cléber Mendes
Ensaio do bloco Agytoê no Aterro do Flamengo Cléber Mendes
Ensaio do bloco Agytoê no Aterro do Flamengo Cléber Mendes
Ensaio do bloco Agytoê no Aterro do Flamengo fotos Cléber Mendes
Rio,19/01/2020-ATERRO DO FLAMENGO, Pre Carnaval 2020, ensaio do bloco Agytoê,na foto.Integrantes do bloco .Foto: Cleber Mendes/Agência O Dia Cléber Mendes
Ensaio do bloco Agytoê no Aterro do Flamengo Cléber Mendes
Ensaio do bloco Agytoê no Aterro do Flamengo Cléber Mendes
Ensaio do bloco Agytoê no Aterro do Flamengo Cléber Mendes
Procurada, a Riotur rechaça a informação de que seja burocrático o processo de legalização do bloco não procede. "A etapa correspondente a prefeitura está encerrada desde 15 de novembro do ano passado, quando anunciamos os 543 desfiles cadastrados, além disso o processo foi totalmente online, não havendo a necessidade de comparecer aos órgãos municipais em nenhum momento. Os representantes de blocos precisam procurar apenas os órgãos do estado, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, conforme determina o decreto estadual", esclarece a nota.
"Estamos fazendo esse teste hoje (domingo) para adequar os nossos ensaios e trazer mais para perto da realidade que vai ser o desfile. A ideia é misturar a purpurina no protetor e se jogar (risos) com chapéu e óculos. Estamos planejando nos bastidores dois ensaios abertos antes da apresentação", acrescenta Taty Amparo, outra integrante do bloco. O público, pelo visto, aprovou a mudança proposital do horário. "Normalmente é de madrugada e sempre venho nos desfiles. Acho ótimo colocar o bloco de dia, os melhores são de dia" argumenta a analista de TI, Simone Pereira, de 36 anos, moradora do Humaitá. 
Quando as integrantes do 'Agytoê' são questionadas sobre a decisão de prefeitura de mudar o horário dos blocos 'Simpatia é Quase Amor' e 'Banda de Ipanema', segundo o órgão, atendendo um pedido dos moradores da Zona Sul, Rafaela destaca. "Acho muito importante os blocos terem essa resistência (mudança de horários). Desculpa, estamos há muito tempo levantando o Carnaval de rua, fazendo ele acontecer e não estamos falando só de sete anos, mas de 30, 50. São blocos muito antigos, acho importante que os blocos se coloquem", afirma Rafaela.
"A gente trabalha todo mundo o ano inteiro, angariando dinheiro para a gente sair sem nenhuma ajuda da prefeitura, o bloco 'Agytoê', por exemplo, não sei como funciona com os blocos maiores, mas nós tiramos do nosso cachê para fazer com que o Carnaval aconteça. Botar um bloco na rua é, além de muito trabalhoso, são muitas horas de trabalho individual dos integrantes, é muito custoso. E esse dinheiro não sai da prefeitura, sai do nosso bolso, do nosso trabalho", salienta.