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Combate ao sarampo

Risco de epidemia faz com que campanha de vacinação seja antecipada para hoje

O risco de uma nova epidemia de sarampo no Estado do Rio fez com que a Secretaria Estadual de Saúde antecipasse para hoje uma campanha de vacinação. A doença infecciosa de alto contágio, que estava erradicada no país, voltou a ser motivo de preocupação por conta do crescimento do número de casos no Rio e nos estados vizinhos de São Paulo e Minas Gerais. Só em solo fluminense, o número de infectados saltou de 20, em 2018, para 333, em 2019. Em São Paulo, foram quase 15 mil casos, com 14 mortes.

A expectativa é de que dois milhões de pessoas não imunizadas sejam vacinadas. E o público-alvo não são só crianças, mas também adultos até 49 anos.

A explicação para isso vem do infectologista Edimilson Migowski. "Muita gente só toma uma dose, quando criança, e acha que está imunizado. Mas não está. São necessárias pelo menos duas, de preferência na infância. Mas quem não tomou pode se imunizar na idade adulta também", esclarece. E a doença é a mais contagiosa entre as infecciosas. "Se 100 pessoas saudáveis, mas não imunizadas, estiverem em contato com uma pessoa infectada, 95 vão contrair o sarampo", alerta o especialista.

A recomendação do Ministério da Saúde é de que a primeira dose da vacina seja aplicada no primeiro ano de vida e a segunda aos 15 meses. Mas com o crescimento da taxa de mortes de bebês de até 1 ano em estados vizinhos, o Rio adotou, ano passado, a dose zero — uma extra para as crianças entre 6 e 11 meses.

Primeira fase vai até março

Apesar de a vacina estar disponível em toda a rede de atenção básica (sobretudo nos postos de saúde) durante todo o ano, a oferta será ampliada no período da campanha, cuja primeira fase vai até 13 de março. "Quem tem dúvidas se está imunizado com as duas doses pode se vacinar novamente. Não faz mal", explica o infectologista Bruno Scarpellini. "Gestantes não podem receber a vacina contra o sarampo e pacientes imunocomprometidos devem buscar orientação. Idosos também não têm indicação para serem vacinados", alerta.

Com sintomas muito parecidos com os da gripe, o sarampo pode provocar cegueira, encefalite (inflamação aguda do cérebro), pneumonia, meningite e até a morte. Segundo o infectologista Edimilson Migowski, os sintomas mais comuns são febre, tosse, coriza e manchas vermelhas no corpo.

Sintomas confundem com gripe e podem levar à morte

Com sintomas muito parecidos com os da gripe, o sarampo pode provocar cegueira, encefalite (inflamação aguda do cérebro), pneumonia, meningite e até a morte. Segundo o infectologista Edimilson Migowski, os sintomas mais comuns são febre, tosse, coriza e manchas vermelhas no corpo.
A doença afeta, sobretudo, o sistema nervoso central. "O mais importante é a população entender que precisa se vacinar. E, ao suspeitar que foi infectado, procurar imediatamente assistência médica", ensina o médico. Sobre o tratamento, o também infectologista Bruno Scarpellini conta que a transmissão se dá através de "gotículas respiratórias" e o tratamento consiste em aliviar os sintomas com repouso, hidratação e medicamentos. "O tratamento é sintomático e das complicações tratáveis, como a pneumonia".

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