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Greve acaba, mas a crise ainda não

Funcionários começam a voltar com pagamentos, mas falta de insumos básicos prejudica atendimento

Hospital Albert Schweitzer tem irregularidades, diz vereador
Hospital Albert Schweitzer tem irregularidades, diz vereador -

A regularização do pagamento dos funcionários da rede municipal de Saúde do Rio, que deu fim à greve no setor, não significou o retorno à normalidade no atendimento das unidades. Em visita, ontem, ao Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, o vereador Paulo Pinheiro (PSOL), membro da Comissão de Saúde da Câmara, constatou irregularidades.

Segundo o vereador, faltam medicamentos e insumos básicos, como antibióticos, seringas e fraldas, e 66 dos 398 leitos estão fechados. "A crise não acabou com o retorno dos profissionais. O problema não é apenas a questão salarial", lamentou.

Apesar da volta dos profissionais, ontem o atendimento a pacientes ainda estava prejudicado. O mecânico Leomar Marinho Pereira Filho, de 23 anos, disse que precisou esperar cinco horas pelo atendimento para a mulher, na Coordenação de Emergência Regional (CER) do Centro. "Minha esposa está com um abscesso no rosto. Quando chegamos aqui (no CER), não tinha ninguém nem sabiam se médicos e enfermeiros iam vir, mesmo", contou Leomar.

Já o professor Jean Carlos, de 44, que acompanhava a tia para uma consulta, contou que não teve dificuldade. "Em 40 minutos, minha tia foi atendida".

Quanto ao retorno dos profissionais de Saúde em greve, a Secretaria Municipal de Saúde informou que, na rede hospitalar, os pagamentos dos profissionais foram concluídos na quinta-feira. Já na Atenção Primária, por conta dos trâmites burocráticos e bancários, os pagamentos foram concluídos ontem.

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