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Pai de atriz da Globo é preso em operação da Polícia Federal

Vladimir Neiva, pai de Mayana Neiva, é investigado por participar de esquema de desvio de dinheiro da saúde e educação

Mayana Neiva e seu pai, Vladimir Neiva
Mayana Neiva e seu pai, Vladimir Neiva -
Rio - Vladimir Neiva, pai da atriz Mayana Neiva, foi preso na terça-feira em uma operação da Polícia Federal na Paraíba. No total, 16 mandados de prisão preventiva foram cumpridos. As prisões fazem parte da sétima fase da operação Calvário, que investiga o desvio de R$ 134,2 milhões da Saúde e da Educação da Paraíba.
Após audiência de custódia nesta quarta-feira, os 16 presos continuam atrás das grades. O ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho também teve a prisão decretada, mas estava de férias fora do país e é considerado foragido. 
"Estamos colaborando com todas as fases da investigação e meu cliente não tem nenhum contrato vigente com o governo do Estado e nenhum recebimento a ser feito desde 2018. Se houver denúncia, vamos nos defender nos autos", disse a "Folha de S. Paulo" o advogado do Grupo Grafset, Kalleby Sobral, que representa Vladimir. Ele também ressaltou que seu cliente não tem qualquer tipo de relação pessoal com o ex-governador. 
A operação também cumpriu mandados de busca e apreensão na produtora de livros Grafset, da qual ele é diretor-presidente. 
O pai de Mayana Neiva foi citado em duas delações premiadas. Ex-chefe do governo de Ricardo Coutinho, Ivan Burity, afirmou que Vladimir Neiva teria teria sido procurado para fazer doações oficiais e extraoficiais a campanha do ex-governador.
E a ex-secretária de Administração Livânia Farias, que foi presa em março deste ano, disse em seu depoimento que a Editora Grafset foi a responsável por parte das propinas entregues em caixas na Granja Santana, residência oficial do então governador, de 2014 a 2018. 
A Polícia Federal disse, em nota, que do total do dinheiro desviado R$ 120 milhões teriam sido destinados a agentes políticos e campanhas eleitorais da Paraíba em 2014, 2014 e 2018. Segundo a investigação, os recursos públicos eram destinados aos serviços de saúde e educação. Ainda de acordo com a Polícia Federal, houve fraudes em procedimentos licitatórios e em concursos públicos.