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Agressão na Barra

Inquérito investiga confusão com Karol Eller

Karol, de azul, chega ao IML com a companheira para fazer exame
Karol, de azul, chega ao IML com a companheira para fazer exame -

A Polícia Civil procura imagens de câmeras de segurança que possam auxiliar no inquérito que investiga as agressões contra a youtuber Karol Eller, conhecida por ser apoiadora e amiga da família do presidente Jair Bolsonaro. Ela foi agredida, com a namorada, no domingo, na Barra da Tijuca, e sofreu lesões graves no rosto.

Segundo a delegada Adriana Belém, da 16ª DP (Barra), além das vítimas, já prestaram depoimento o suposto agressor e duas testemunhas. Há contradições nos depoimentos. "É preciso entender tudo o que aconteceu. São duas versões com divergências. Por isso estamos em diligência, buscando por imagens e convocando as pessoas para depor. O crime de lesão corporal já está sendo investigado, mas a polícia precisa entender se houve o preconceito. Uma pessoa que diz que estava se defendendo não machuca a outra dessa maneira", disse a delegada. Karol e a namorada, a policial civil Suelen da Silva dos Santos, foram ao IML ontem fazer exame de corpo de delito.

De acordo com o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, o Disque 100 (Disque-Direitos Humanos) recebeu este ano, até novembro, 1.685 denúncias de violência contra LGBTs. Registros de discriminação foram feitos em 70% das ocasiões. A maior parte dessas vítimas se declara gay e tem idades entre 18 e 30 anos. O levantamento apontou que o perfil dos agressores é predominantemente de heterossexuais (46% dos casos).

Karol, de azul, chega ao IML com a companheira para fazer exame Estefan Radovicz
Youtuber homossexual Karol Eller foi agredida na Barra da Tijuca. Ela é apoiadora do governo Bolsonaro Reprodução / Instagram