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Padrasto tentou se matar antes de jogar bebê do 4º andar

Luiz Eduardo Lobo havia descido para a rua dizendo que ia se jogar na frente de um carro para se matar

A Polícia Civil descobriu que Luiz Eduardo Lobo, de 38 anos, já havia tentado se matar momentos antes de jogar seu enteado, Enzo Almeida Pelegrini, de apenas três anos, pela janela do 4º andar de um prédio e se suicidar logo em seguida, em Cachambi, Zona Norte do Rio, na tarde de terça-feira.

Durante a manhã desta quarta-feira, o pai de Enzo esteve no Instituto Médico Legal (IML) de São Cristóvão para liberar o corpo do menino para sepultamento. Muito abalado, ele preferiu não comentar o caso.

Em depoimento, a mãe do bebê, Camila Cerqueira, contou que o namorado já havia tido um surto naquele dia. "A mãe contou que ele teve um surto e ficou violento, agressivo e começou a jogar objetos pela janela. Ele desceu para a rua dizendo que ia se jogar na frente de um carro para se matar e um senhor conseguiu acalmá-lo um pouco, então ele subiu", contou a delegada Márcia Beck, titular da 23ª DP (Méier).

Ainda segundo a polícia, foi ao subir, que Luiz Eduardo matou Enzo e cometeu suicídio. "Ele arrancou o menino do colo da mãe e o arremessou pela janela do 4º andar. A mãe entrou em desespero, desceu correndo para ver o filho, quando ela chegou no térreo, ele se jogou", narrou Márcia Beck.

A mãe foi ouvida pelos agentes da 23ª DP logo após o crime e sob forte emoção. De acordo com a delegada, Camila prestará um novo depoimento nos próximos dias. O pai do menino será ouvido na próxima sexta-feira e os agentes também irão chamar os avós de Enzo, a mãe de Luiz Eduardo e os vizinhos para prestar esclarecimentos.

Camila morava com o filho e a mãe em Brás de Pina, Zona Norte do Rio, e estava namorando com Luiz Eduardo há oito meses. Ela contou a polícia que nesse período do relacionamento, o namorado já havia tido surtos outras vezes.

"Nós precisamos saber porque a mãe, que já sabia dos surtos do namorado, expunha o filho a ter algum tipo de convivência. Só vamos chegar a conclusão do que motivou ele a fazer isso, depois que ouvirmos vizinhos e familiares. Mesmo com o autor do crime já identificado e morto, precisamos continuar as investigações", explicou Márcia Beck.