Compasso de espera

A Prefeitura do Rio deve normalizar o pagamento dos profissionais da Saúde na próxima semana. Enquanto isso, a crise continua nos hospitais. No Souza Aguiar, Pedro II e Albert Schweitzer, a espera para atendimento na emergência passava de 24 horas, ontem. "Neste momento, temos 51 pacientes esperando na sala de emergência", afirmou um funcionário do Salgado Filho. Já no Pedro II, 45 pacientes aguardavam atendimento havia mais de 24 horas, ontem à noite. No Souza Aguiar, outros 18. No Hospital Municipal Rocha Maia, em Botafogo, somente um médico atendia.

A previsão para o fim de semana é de que 30% da emergência dos hospitais esteja em funcionamento. Das 11 Organizações Sociais (OS) que administram a contratação dos profissionais de saúde, somente duas já receberam pagamento, ontem: Viva Rio e IPCECP. "As outras devem receber o repasse da prefeitura na próxima quarta-feira, pois houve um erro material da Justiça na ordem dos pagamentos", afirmou o advogado José Carlos Moraes, que defende os sindicatos dos profissionais de Saúde.

As OSs pagas fornecem profissionais para unidades da Zona Oeste, como o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra. Na escala prevista para hoje, na unidade, 23 médicos devem trabalhar. Outros hospitais na Zona Oeste, no entanto, até a noite de ontem, não tinham confirmado a escala de plantão, como o Albert Schweitzer e o CER Barra. Na Zona Sul, no CER Leblon, somente dois médicos, um clínico geral e um pediatra, confirmaram presença. No total, 64 médicos afirmam que trabalharão na rede municipal hoje.