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O risco dos fios soltos

Cabo pendurado quase degola mototaxista em São Cristóvão

Desde segunda-feira, o mototaxista Jonatas Melo, de 25 anos, carrega uma profunda cicatriz no pescoço que provavelmente ficará por toda vida. Resultado de um acidente na Rua General José Cristino, em São Cristóvão, onde um fio solto se prendeu ao pescoço dele e o enforcou. Por sorte, como ele mesmo diz, o cabo arrebentou.

"Senti do nada uma pressão me enforcando. Então, o fio arrebentou e foi rasgando o meu pescoço. Na hora, achei que tinha perdido a vida, já era. Mas consegui parar a moto sem cair e tive ajuda das pessoas na rua", conta Jonatas, que foi levado para o Hospital Estadual Anchieta, no Caju.

Com a cicatriz atravessada no pescoço, Jonatas ainda guardou um pedaço do material que o feriu. Assim, pôde identificar que o fio pertence a uma operadora telefônica, segundo ele, que pretende entrar na Justiça para pedir indenização. "É preciso alguma providência para esses fios pendurados. Fiquei com uma cicatriz, mas outra pessoa pode morrer", diz.

Jonatas já voltou a trabalhar como mototaxista. "Não tenho como parar, é a minha profissão", afirma. Agora, ele dirige a moto com uma preocupação a mais: os fios soltos nas ruas. "Foi uma segunda chance de viver", acredita.

Na ruas de São Cristóvão, os fios soltos são facilmente encontrados e um risco para os pedestres. Em um ponto de ônibus em frente ao Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, por exemplo, há muitos fios pendurados.