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Quatro homens são denunciados após agressões homofóbicas em bar no Flamengo

Um dos agressores teria feito gestos obscenos com o órgão genital e disse que era ex-policial

Meia Hora
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Rio - Quatro homens foram denunciados pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) suspeitos de crime homofobia depois de terem agredido um homem e duas mulheres em junho deste ano. A denúncia é pelos crimes de lesão corporal grave e por motivo torpe, lesão corporal leve, ameaça e ato obsceno. De acordo com o órgão, a denúncia ocorreu por meio da 25ª Promotoria Justiça de investigação Penal ligada à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI), da Polícia Civil.

Conforme a denúncia, assinada pelo promotor de Justiça Sauvei Lai, no dia do crime os denunciados Sandro Chrispino, Ronaldo Vieira da Silva, João de Moura e João Paulo Rodrigues Soares Pereira, em concordância com Márcio Rufino da Rocha, João Victor de Moraes Moura e Anderson Duarte Pereira, além de outros não identificados, ofenderam e agrediram, com socos e golpes de artes marciais, João Pedro de Carvalho Oliveira e Larissa Barbosa.

A ação criminosa ocorreu em razão de Larissa ter beijado a namorada Nádia de Mello Mendonça Ferrell em frente ao bar em que o grupo estava, no Flamengo. Ao perguntar porque o grupo olhava para elas, os homens discutiram verbalmente com o casal e João Pedro, e um pouco mais à frente, enquanto caminhavam, foram agredidos.

Larissa levou um soco no rosto e um chute no estômago e foi empurrada ao chão por Ronaldo. João Pedro intercedeu e também foi agredido com socos por Ronaldo, Sandro, João Paulo, João de Moura, Márcio, João Victor e Anderson. Ele correu ao seu prédio, foi arrastado para fora e novamente agredido.

Nádia e Larisa correram para socorrer o amigo e foram agredidas com palavrões e ameaças. Sandro imprensou Larissa contra a parede e a agrediu na cabeça, rosto e costas. João teve escoriações no rosto e orelhas, e Larissa sofreu fratura de osso da mão direita, inclusive incapacitando-os de suas ocupações por mais de 30 dias. João de Moura fez, ainda, gestos obscenos com o órgão genital e ameaçou, ao dizer-se ex-policial, que buscaria uma arma de fogo para matá-los.

Na ação penal o MPRJ requer a citação dos réus Sandro, Ronaldo, João Paulo e João de Moura para responderem ao crime de lesão corporal (art. 129); João de Moura foi denunciado também, por três vezes, no artigo 147 (ameaça), e uma vez no 233 (ato obsceno). Contra Márcio, João Victor e Anderson o MP recomenda que paguem multa individual de dois salários mínimos.