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PMs suspeitos de matar garçom já estão soltos

Estavam presos por crimes militares e não pela morte do rapaz

Os policiais militares envolvidos na ação que resultou na morte do garçom Francisco Laércio de Paula Lima, de 26 anos, na Barreira do Vasco, em São Cristóvão, no sábado de manhã, foram soltos no fim da tarde de domingo, menos de 24 horas depois de serem presos. Eles estavam detidos por desobediência e descumprimento da ordem e não pela morte do morador, crime que é alvo de investigação da Delegacia de Homicídios (DH) e da própria PM, que abriu um Inquérito Policial Militar (IPM).

Moradores e familiares acusam os militares pelo assassinato, com um tiro na nuca, e questionam a motivação dada para a prisão dos PMs. Os policiais, que não tiveram suas identidades reveladas, foram postos em liberdade pelos crimes militares após uma audiência de custódia. 

Ontem, um grupo de cerca de 100 moradores da comunidade fez uma manifestação pacífica pela morte do garçom. Familiares questionam a prisão dos policiais por "desobediência de ordem e descumprimento da missão", já que eles acusam os militares pela morte.

"A comunidade só quer pedir justiça por conta dessa atrocidade que esses policiais cometeram. Eles não podem ficar presos por desobediência. A prisão tem que ser pela morte do Laércio", disse o primo da vítima, Gilson Marques.

O corpo do garçom foi velado ontem, em uma igreja católica da comunidade e, depois, seguirá para a cidade natal de Francisco, Ipaporanga, no Ceará, onde será sepultado.