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Justiça manda prender de novo Rosinha e Anthony Garotinho

Casal foi preso em setembro

Rio,27/09/2018 - Cooletiva Anthony Garotinho - Garotinho realiza entrevista coletiva após ter sua candidatura suspensa pelo TSE, Rio de Janeiro.Foto: Armando Paiva/ Agência O Dia  Rio de Janeiro, Cidade, Politica, Garotinho, Eleições
Rio,27/09/2018 - Cooletiva Anthony Garotinho - Garotinho realiza entrevista coletiva após ter sua candidatura suspensa pelo TSE, Rio de Janeiro.Foto: Armando Paiva/ Agência O Dia Rio de Janeiro, Cidade, Politica, Garotinho, Eleições -
Rio - O Tribunal de Justiça mandou prender de novo os ex-governadores Anthony Garotinho e Rosinha Garotinho. Em setembro, um dia após o casal ser preso, o Plantão Judiciário expediu um habeas corpus para a dupla. 
Nesta terça-feira, a 2ª Câmara Criminal derrubou a liminar e expediu um novo alvará de prisão.
Anthony Garotinho e Rosinha Matheus foram presos na Operação Secretum Domus, deflagrada em setembro pelo Ministério Público Estadual. O casal é acusado de superfaturar contratos em Campos, num prejuízo de R$ 62 milhões. Ainda não há condenação no caso contra eles.
Segundo o MPRJ, eles beneficiaram a Odebrecht em licitações quando Rosinha era prefeita de Campos, entre 2009 e 2016, para a construção de 9.674 casas populares dos programas Morar Feliz I e II.
As investigações apontam que os contratos, somados a aditivos, custaram R$ 1 bilhão, com superfaturamento superior a R$ 62,5 milhões, dos quais R$ 25 milhões teriam sido repassados em propina ao casal.
O esquema foi revelado por dois executivos da Odebrecht, em acordo de colaboração na Lava Jato: os denunciados Leandro Andrade Azevedo e Benedicto Barbosa da Silva Junior. Outro executivo da empresa, Eduardo Garrido Fontenelle, também foi denunciado.
Segundo o MPRJ, estudos técnicos constataram o superfaturamento e apenas cerca de 700 casas de 4.570 do Morar Feliz II foram construídas.
Casal acumula passagens polêmicas pela prisão
Essa foi a quarta prisão de Garotinho e a segunda de Rosinha. A primeira vez do ex-governador foi em novembro de 2016, na Operação Chequinho, que investigou compra de votos em Campos com o programa ‘Cheque Cidadão’. Garotinho passou mal e foi removido à força do Hospital Souza Aguiar para Bangu.
Em setembro de 2017, Garotinho foi preso enquanto apresentava programa de rádio. A Justiça Eleitoral o condenou a 9 anos e 11 meses por corrupção eleitoral, entre outros crimes. Depois, passou à prisão domiciliar. Em novembro de 2017, o casal foi preso na Operação Caixa D’Água, ambos acusados de corrupção, organização criminosa e falsidade em contas eleitorais. Garotinho fez greve de fome e disse ter sido agredido na prisão.