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Muitas hipóteses, nenhuma certeza

Viúva denuncia falta de acesso ao inquérito

Mônica Benicio, viúva de Marielle Franco, reclama da falta de acesso a informações sobre a investigação do assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes, mortos a tiros na noite de 14 de março de 2018, no Estácio. Até agora não se sabe a motivação do crime.

"A recente enxurrada de informações sobre a execução de Marielle e Anderson tem algo em comum: o profundo desrespeito com a família. Enquanto nega o nosso acesso ao inquérito, conforme prevê a Legislação, o sistema de Justiça entrega o relatório à imprensa. O que pensar disso?", disse Mônica.

Ela se refere à mais recente informação sobre o caso, divulgada pelo portal UOL, que revelou uma escuta anexada a relatório da Procuradoria-Geral da República (PGR). Nela, o vereador Marcelo Siciliano (PHS) conversa com um miliciano, que, por sua vez, afirma quem seriam os envolvidos no crime. Os nomes citados (veja no infográfico ao lado) não coincidem com os investigados pela Polícia Civil.

"Trata-se do crime político mais grave do Brasil no século, que, depois de 1 ano e 7 meses, continua sem resposta. O país continua passando vergonha. A família tem o direito constitucional de ter acesso ao inquérito, eu gostaria que, ao menos isso, em meio a tanta dor, fosse respeitado", concluiu Mônica. A Polícia Civil não quis comentar o áudio divulgado pelo portal UOL.