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Deputados soltos

Quatro presos na Furna da Onça deixam a prisão

Na terça-feira, a plenário da Alerj votou pela soltura dos parlamentares presos pela Furna da Onça
Na terça-feira, a plenário da Alerj votou pela soltura dos parlamentares presos pela Furna da Onça -

Depois da soltura dos cinco deputados estaduais presos na operação Furna da Onça, ontem à tarde, a preocupação na Assembleia Legislativa é que o grupo tente reaver os mandatos. Um grupo de parlamentares protocolou ontem pedido de cassação de André Corrêa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Luiz Martins (PDT), Marcos Abrahão (Avante) e Marcus V. Neskau (PTB) por quebra de decoro. O documento seguirá para o Conselho de Ética.

A preocupação é que o grupo reverta a decisão do Tribunal de Justiça, que suspendeu as posses dadas na cadeia. Caso consigam, retomariam os mandatos. A defesa estuda ir ao Superior Tribunal de Justiça.

Para impedir ações como essa é que alguns deputados se movimentaram preventivamente. "Houve quebra de decoro, sim. Não precisamos esperar que o processo transite em julgado e haja cassação", explicou Chicão Bulhões (Novo). Como o afastamento do mandato foi uma condição para a soltura, aprovada em plenário na terça-feira, a postura da defesa dos ex-presos está causando desconforto na Casa.

O Tribunal Regional Federal da 2ª Região decidiu que o processo retornará à 1ª instância e será julgado pelo juiz Marcelo Brêtas, da 7ª Vara Federal. Sem mandato, não há foro privilegiado. Ao serem soltos, os deputados foram vaiados na porta do presídio. A defesa de Chiquinho da Mangueira, em regime domiciliar, vai pedir a retirada da tornozeleira eletrônica.