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De bolsos vazios

Agentes voltam a denunciar atraso nos salários

Mais recente inauguração, o Botafogo Presente teve até prisão no primeiro dia de atuação dos agentes
Mais recente inauguração, o Botafogo Presente teve até prisão no primeiro dia de atuação dos agentes -

O Segurança Presente corre o risco de ter o mesmo destino das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). Agentes que participam do programa estão com salários atrasados e já sentenciam: "É o efeito UPP. Estão inaugurando Segurança Presente 'a rodo'. Não pagam nossos salários em dia, estou com a minha internet cortada e pagando juros ao banco", lamentou um agente.

Atualmente, já há 14 bases inauguradas em bairros do Rio, além de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e Niterói, com cerca de mil agentes atuando nas ruas. Apenas em Nova Iguaçu e Niterói, que possuem convênio com as respectivas prefeituras, o pagamento está em dia. A próxima área a ser beneficiada será Austin, também em Nova Iguaçu, no final do mês.

Policiais, que preferiram não se identificar, disseram que os atrasos estão pondo em risco o projeto. Segundo eles, o salário de agosto foi pago em outubro, e o de setembro ainda não foi quitado. O atraso nos salários é para os policiais militares, que trabalham na folga, e agentes civis egressos das Forças Armadas.

Problemas técnicos

O Governo do Estado informou que o atraso dos salários ocorreu por "problema no sistema de processamento da folha de pagamento". O estado garantiu que não há riscos de o programa acabar e que não houve queda no efetivo. A previsão é que o pagamento ocorra até sexta-feira. No final de setembro os agentes ameaçaram parar por causa de atraso nos pagamentos. Na ocasião, o estado também alegou "um problema técnico".